segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Chamados a carregar nossa cruz



A paz do Senhor Jesus!


Em tempos de um Evangelho superficial, com pregações que mais se parecem com palestras de auto-ajuda, quero chamar a atenção para um outro lado, o de sofrermos pelo verdadeiro Evangelho, afinal a Bíblia não promete sombra e agua fresca para ninguem enquanto estiver sob essa terra.

Na conversão do apostolo Paulo, quando o Senhor Jesus aparece a ele, o deixa cego com a sua glória e o manda para a casa de Judas em Damasco que lá ele receberia as instuções. Neste meio tempo, o Senhor manda que Ananias vá pregar à Paulo. Como Ananias conhece a fama de Saulo (antigo nome de Paulo), ele se recusa, fica com medo e tenta fazer com que Deus mude de ideia, mas a resposta de Jesus é a segunte:

E eu lhe mostrarei quanto deve sofrer pelo meu nome. (Atos 9:16)

Paulo, que depois de Cristo foi o maior evangelista que se conhece, um homem que escreveu metade do Novo Testamento, nos deixou cartas maravilhosas que tem instruções de extrema valia para todos os cristãos, desde novos convertidos à pastores, não foi exatamente um comandante dos cristãos, que ficava sentado atrás de uma mesa de mogno, em uma luxuosa cadeira escrevendo instruções e gerando “suditos”, como esses pastores que dizem que devemos ter a vida mansa fazem.

O Senhor Jesus nos deixou alertas que no mundo teriamos aflições, mas era para termos bom ânimo, pois ele venceu o mundo (João 16:33). O próprio Jesus não quis e não teve moleza nos trinta e três anos que passou nesta terra. Ao contrário dos pastores que querem ser servidos, que inventam para sí títulos (apostolo, patriarca, doutor em divindades e etc.) deixou bem claro que não veio para ser servido, mas para servir (Mateus 20:28)

O Senhor Jesus deixou uma imposição que devemos cumprir para segui-lo. Quem quiser servir ao Senhor deve tomar a sua cruz (Lucas 9 :23, Mateus 16:24 e Marcos 8:34). Tomar a cruz me remete ao sofrimento de Jesus no Calvário. Sofremos ao falar de Jesus para as pessoas na rua, muitas nos ignoram, algumas nos xingam, outras são indiferentes e pela nossa natureza, a vontade que nos dá é de desistirmos de esperarmos que as pessoas cheguem por conta própria em nossas igrejas, nas não cumpririamos o ide que Jesus ordenou e consequentemente não fariamos a vontade de Deus.

O apostolo Paulo entendeu muito bem o que é sofrer por conta do Evangelho, em uma de suas cartas ele escreve o que teve de passar por amor à Palavra do Senhor e nos deixa um exeplo maravilhoso de alguém que tinha sede em servir ao Deus que o chamou.

Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo (2 Coríntios 11:25)

Paulo foi açoitado três vezes, foi apedrejado uma vez em Listra – onde teve que se fingir de morto para escapar, naufragou por três vezes, passou um dia no abismo e foi preso por inumeras vezes. Se existe alguem que pode dizer com propriedade o que é sofrer pelo nome do Senhor, é o apostolo Paulo, que chegou ao ponto de dizer que viver era Cristo e morrer passou a ser um ganho (Filipenses 1:21), pois ele sabia que no fim desta vida, algo muito melhor lhe estava reservado.

No final de sua vida, escrevendo à Timóteo, seu filho na fé, Paulo escreve uma frase que me faz viajar em meus pensamentos e me faz imaginar se ao final de minha vida, terei autoridade de falar como ele, se o legado de meu ministério vai comprovar esta frase, tornando-a verdadeira em minha vida.

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé (2 Timóteo 4:7)

Com esta frase, o apostolo Paulo deixa bem claro que não ficou devendo em nada, que tudo o que o Senhor lhe havia ordenado estava feito. E se estudarmos a Bíblia veremos que realmente ele havia cumprido os propósitos do Senhor em sua vida, mostrando que a pesar de todo o sofrimento que passamos, o Senhor está agindo em nosso favor e que não devemos desistir de nossa fé, pois cada luta irá nos ajudar a aperfeiçoar nossa caminhada com o Senhor.

Que o nosso Deus te ilumine a mente e que você tenha sido edificado através deste texto, que com o estudo sistemático e devocional da Bíblia, você possa perceber os falsos evangelhos e seguir pelo verdadeiro, sem se desviar nem para a direita e nem para a esquerda, pois mesmo com todo o sofrimento, quando estivermos na glória, vamos olhar para tras e ver que valeu a pena!

Deus te abençoe grandemente e fique à vontade para comentar.


Thiago Schadeck


@pregandoverdade



sexta-feira, 21 de outubro de 2011


Mercado religioso privatiza a experiência de fé, diz teólogo





Postado em Mercado, Religiões às 10:23

O cenário das religiões no Brasil mostra um novo ator em cena: o religioso não institucionalizado, que busca uma experiência de espiritualidade não tutelada pelas hierarquias das religiões organizadas formalmente.



“Vivemos os dias da religião sob medida, montada por consciências individuais que misturam os ingredientes disponíveis nas prateleiras do mercador religioso”, escreve o teólogo Ed René Kivitz, em artigo para o jornal Valor Econômico.

A experiência religiosa, afirma, já não se resume à obediência cega aos dogmas e à hierarquia institucional. “A sociedade moderna não abandonou Deus, mas colocou seus intérpretes e seus representantes coletivos sob judice”, assinala o teólogo. A religião, agora, é privatizada e a experiência de fé é “à la carte”.

Mudanças nos padrões de vida dos europeus têm exercido influência direta no declínio do número de cristãos no continente. O cristianismo já não tem mais aquela força de ascendência no desenho de valores às populações da Europa.

“Valores da Europa” será tema de conferência internacional convocada pela Universidade de Tilburg, na Holanda, para o fim de novembro, e que contará com a participação de teólogos, antropólogos, acadêmicos em geral. A conferência ocupar-se-á de dois temas: a religião e a diversidade étnica, e cristãos e muçulmanos.

“O discernimento pessoal e um olhar mais crítico nos levam a questionar fundamentos da fé e as explicações religiosas do mundo”, avalia o sociólogo da religiãoFrédéric Lenoir, diretor da revista “Le Monde des Religios”, do jornal “Le Monde”.

O crescimento do número de citadinos e a consequente diminuição da população rural contribuíram para a ruptura da transmissão de valores religiosos. “Nas cidades, as pessoas não conhecem o vizinho, os filhos vão estudar longe de casa e se distanciam dos moldes tradicionais. Esse tipo de comportamento fragiliza a transmissão da fé”, analisa Lenoir.

Outro fator para tentar explicar a diminuição da prática religiosa cristã é o fenômeno do individualismo. Avanços sociais das últimas décadas na Europa levaram as pessoas a se inserirem cada vez menos em grupos e a pensar que o sucesso pessoal e profissional não depende mais de Deus.

Análise do “European Values Study(EVS)” mostra que, em1999, da população europeia 62,1% eram católicos e 25,8% protestantes. Em 2008, data do último relatório, os católicos caíram para 36,7% e os protestantes para 14,5%.

No Reino Unido, os protestantes passaram de 56,6% para 38,7% no período, e os católicos de 13,6% para 10,8%. Na Alemanha, os protestantes baixaram de 34,5% para 27%, enquanto o número de católicos ficou praticamente inalterado, em torno de 22%.

Aumentou, no período, o número dos sem religião. Na França, cresceram de 27% da população para 50%; no Reino Unido, de 15% para 32,9%, na Alemanha, de 39,6% para 46,1%.

Enquanto o cristianismo vê o seu quadro de fiéis declinar, os muçulmanos aumentam o número de fiéis na Europa. Eles somam, atualmente, 44 milhões de pessoas, cerca de 6% da população europeia. O Islã viu o seu quadro crescer em 14,5 milhões de seguidores no Velho Mundo, de 1990 a 2010, assinala pesquisa do Pew Research Center. A previsão é que nos próximos 20 anos 8% da população europeia seguirão o profeta Maomé.

A Europa continuará recebendo imigrantes porque ela precisa de mão-de-obra, consequentemente, mais contingentes de muçulmanos deverão aportar no continente. O ex-primeiro-ministro italiano Massimo d´Alema, presidente da Fundação Europeia de Estudos Progressistas, estima que a Europa precisará de 30 milhões de imigrantes nos próximos 30 anos para manter o equilíbrio entre a população ativa e a aposentada.

Ainda assim, o crescimento do islamismo em terras europeias tende a diminuir, pelos mesmos motivos que brecam o aumento de cristãos. A melhora da qualidade de vida dos imigrantes muçulmanos e da geração nascida no continente torna-os mais individualistas e materialistas, com as mesmas aspirações típicas da sociedade ocidental.

Lenoir anota que na medida em que jovens muçulmanos têm acesso à educação e conquistam melhores condições sociais, menor é a importância que emprestam à religião.

A França é o pais europeu que hospeda o maior contingente de muçulmanos no continente, estimado em 5 milhões de pessoas, ou 8% da população francesa. Dos muçulmanos “franceses”, 62% são jovens, entre 18 e 34 anos, e apenas 23% deles costumam frequentar a mesquita às sextas-feiras, dia tradicional de orações.

Estudiosos do Barna Group divulgaram pesquisa que levantou seis razões para o êxodo de jovens das igrejas. A pesquisa apresentou questionários, durante um período de cinco anos, a jovens, adultos, adolescentes, pastores evangélicos jovens e pastores mais idosos.

Quase um quarto dos jovens ouvidos, dos 18 aos 29 anos, disse que “os cristãos demonizam tudo o que não tem a ver com Igreja”, que as igrejas ignoram os problemas do mundo real (22%) e 18% disseram que a denominação a qual pertencem parece muito preocupada em apontar impactos negativos de filmes, músicas e videogames.

Um grupo de jovens respondeu que “a Igreja é chata”, e adolescentes indicaram que Deus parece estar ausente de sua experiência de igreja. Um terço dos jovens adultos ouvidos declarou que “os cristãos perecem confiar no fato de que conhecem todas as respostas” e um quarto deles afirmou que “o cristianismo é contra a ciência”.

Dois de cada cinco jovens adultos cristãos afirmaram que os ensinamentos da igreja sobre o controle da natalidade e sobre sexo são antiquados. Jovens adultos apontaram a exclusividade do cristianismo como um problema. Desse grupo, 29% declararam que “as igrejas têm medo do que as outras fés acreditam”.

O sexto fator apontado pelos jovens entrevistados tem a ver com o emocional. Eles sentem que a igreja “é pouco amistosa em relação às pessoas que têm dúvidas”.

A pesquisa do Barna Group diz respeito à situação dos jovens ocidentais que residem em países industrializados. No artigo que escreveu para o Valor, Kivitz aponta que nos países do Terceiro Mundo “a religião nunca saiu de moda. Conceitos como modernidade e pós-modernidade passam longe dos dilemas de quem vive na pobreza e na miséria extrema”, afirma.

Os avanços da ciência, da técnica e da razão, apesar de significativos, não conseguiram promover um mundo melhor, de paz e de justiça, e nem conseguiram apontar caminhos para a felicidade e a realização existencial do ser humano. “O saldo da modernidade é o rompimento com as instituições sociais religiosas e o abandono da pessoa à sua própria consciência e à mercê de sua liberdade”, arrola Kivitz.

Por isso, agrega, as massas decepcionadas com a modernidade e suas promessas “voltam a correr para as categorias do sagrado, do transcendente do divino”. Para o teólogo brasileiro, “o atual retrato da fé permite a afirmação de que, se é verdade que as instituições religiosas estão abaladas, Deus continua vivo como sempre, e adorado – e idolatrado – como nunca”.



Notícias Cristãs com informações da ALC







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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O ideal do ministério cristão

O ideal do ministério cristão



Por Eduardo Tracci
O pastor deve ter sempre o caráter de um professor, um mentor, tanto ao pé da lareira como no púlpito. [...] A importância das coisas com que lidamos deve sempre encher nossas mentes, nossos estudos pessoais, nossas orações a Deus, nossos esforços no púlpito. A Palavra de Deus! Como precisamos pregá-la e estudá-la bem, dedicar-nos completamente às grandes coisas sagradas, para não falar de Deus erroneamente. A Palavra da verdade! Cada partícula dela é infinitamente preciosa. Que nunca brinquemos com coisas tão importantes. As almas das pessoas! Coisas eternas! No momento mais importante, de valor inestimável, em perigo inimaginável, de duração eterna. Estas, meu querido amigo, são as coisas com que lidamos; é disto que daremos conta. [...] Ore por mim, e que Deus me ajude a orar por você.
O texto acima é parte de uma carta enviada por um jovem pastor a um companheiro de ministério que havia estado presente no dia de sua ordenação. Nesta carta, o jovem ministro que na época contava com vinte e sete anos, escreveu sobre seu ideal do ministério cristão e a motivação do seu trabalho pastoral. Este obreiro do Senhor sempre teve um coração de pastor e nunca perdeu seu amor pelas almas. Alguns anos depois de escrever esta carta, ele foi enviado como missionário à Índia e mais tarde ficou conhecido como o “pai das missões modernas”. Seu nome: William Carey.
Se todos os ministros cristãos seguissem este mesmo ideal, com certeza, nós ouviríamos menos besteiras pronunciadas em nossas igrejas. Sem dúvida, o legalismo, a teologia da prosperidade, a confissão positiva, o teísmo aberto, e tantas outras heresias, passariam longe de nossos púlpitos. As preciosas almas compradas por Cristo não seriam enganadas por obreiros que pensam que a religião é um meio de enriquecer, buscando dinheiro fácil através da manipulação da fé alheia.
Que Deus nos ajude a ter estas mesmas motivações e que o Senhor da obra levante mais homens como Carey em nosso meio.
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Eduardo Tracci é pastor, missionário no Perú e diretor do Instituto La Joya. Divulgação: Sinais da Cruz

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Novo de Deus? Nova História? Mover Sobrenatural???

Por Thiago Ibrahim (@thiagoibrahim)

"Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente". Já perdi as contas de quantas vezes ouvi essa expressão dentro da igreja. É comum também ouvir expressões do tipo: "nosso Deus não muda" ou "as promessas de Deus continuam de pé", contudo, também ouvimos expressões tais como "nova unção", "o novo de Deus", "nova história" ou mesmo "mover sobrenatural". Esses são chavões que volta e meia aparecem no meio neo pentecostal e passam a fazer parte do jargão da cristandade, mas que não nos damos conta do que significam realmente. Então, hoje a minha intenção é refletir sobre o seu significado. Seria um novo caminho, um novo rumo, uma nova mente? Mas nós já tivemos nossa mente transformada? Já não estamos no caminho?
O meu convite a você hoje, meu querido leitor, é que reflita e analise juntamente comigo o que significam realmente essas expressões. Se você aceitar o meu convite, por favor, continue a leitura. Porém, antes de começar tentando entender o que significam as expressões, conforme prometido no parágrafo anterior, preciso situar você e falar um pouco - mesmo que de forma breve - sobre "salvação" e "conversão".
Salvação é uma doutrina muito importante dentro do cristianismo, já que tudo o que fazemos está relacionado com ela, ou seja, é um reflexo da mesma. A conversão - também em termos práticos - é como conhecemos o momento em que fomos encontrados pela Graça de Deus e a partir desse encontro, recebemos a salvação como presente e tivemos a nossa mente transformada. A salvação, em termos práticos, é a manifestação de que temos o Espírito Santo em nós e é por meio desse Espírito que vivemos o oposto do estilo de vida desse mundo.
As expressões em questão viraram moda no movimento neo pentecostal brasileiro foram trazidas por alguns pastores que tiveram contato com o movimento da confissão positiva nos EUA e Canadá, com nomes como Kathryn Kuhlman e Benny Hinn, conhecidos "profetas" e que afirmam possuir sobre si uma "unção especial". Aos poucos essas expressões positivistas foram permeando o meio cristão carismático e pentecostal, principalmente por meio das músicas cantadas pelos ministérios de louvor e pregações de pastores que estão na mídia.
Agora, olhando para as expressões e analisando seu propósito, de cara vemos que as mesmas entram em contradição com o que a Bíblia expõe como "salvação" e "conversão" (já conceituadas).  Na sub-cultura evangélica "novo de Deus" significa receber uma unção especial (equivalente neo pentecostal para avivamento) através do qual a vida do cristão passará por uma tranformação e mudará para a melhor. É uma teologia que se baseia em manipulação do divino e é centrada no homem e seus interesses. Olhando por esse prisma será que esse pensamento não entra em choque com o conceito bíblico de conversão? Ou seja: o que estamos pregando em nossas empresas é que o cristão que teoricamente passou por uma conversão após receber a Graça (e consequentemente o Espírito Santo) precisa receber algo novo.
Será que estamos dizendo que o selo do Espírito Santo que recebemos em nossa conversão não é suficiente para mudar a nossa mente? Que tipo de cristãos estamos discipulando em nossas congregações? A minha impressão é que estamos criando religiosos que vivem em função de movimentos carismáticos baseados em um pseudo avivamento. Um chamado "mover", mas que não tem mudança de coração, não promove a transformação da consciência pela Palavras. Movimentos nos quais a vontade de Deus NÃO é o centro, e sim, o homem e seus desejos. Me admiro que a igreja aceite passivamente qualquer doutrina e moda lançada, sem fazer um julgamento da mesma à luz da Bíblia. E é exatamente por isso que o apóstolo Paulo chama atenção da igreja de Corinto em 2 Coríntios 11.

"Pois, se alguém lhes vem pregando um Jesus que não é aquele que pregamos, ou se vocês acolhem um espírito diferente do que acolheram ou um evangelho diferente do que aceitaram, vocês o suportam facilmente." Versículo 4
"De fato, vocês suportam até quem os escraviza ou os explora, ou quem se exalta ou lhes fere a face." Versículo 20
Por causa dessa característica da igreja de aceitar tudo passivamente Paulo também chamou atenção da igreja da Galácia na carta aos Gálatas 1.
"Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo." Versículo 6

Aqui você pode me perguntar: e qual é problema de aderirmos às modas? O problema é que quando vive em função de "movimentos", a igreja fica fechada em si mesma e deixa de cumprir seu papel de ser relevante espiritual e materialmente dentro da comunidade. Fechamos-nos em nós mesmos e ficamos trancados dentro das 4 paredes do espaço-templo. Educamos cristãos viciados no "mover" e que não alimentam o desejo de relacionar-se com Deus no dia a dia e colocar a fé em prática. Educamos cristãos que não conseguem entender o propósito de sua fé.
Prezado leitor, afirmo pela palavra de Deus que não precisamos de nenhuma "nova unção", nenhum "novo de Deus", nem mesmo de uma "nova história", pois através do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário, fomos salvos e tivemos garantida a nossa nova vida com Cristo, nosso Senhor. Aqueles que tiveram um verdadeiro encontro com Cristo tiveram suas vidas transformadas e não precisam de nenhum novo de Deus, pois já possuem o Deus de sempre. Ou será que estamos querendo reinventar a roda?
Que Deus nos livre de desprezar sua Graça infinita, e que nos proporcione permanecer o velho, puro e simples evangelho da Graça - sem modinhas, sem movimentos, apenas Cristo e nada mais.

A Cegueira e a Soberania

Por Thiago Ibrahim (@thiagoibrahim)


Ao passar, Jesus viu um cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram: "Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?"
Disse Jesus: "Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele." João 9:1-3

Há tempos vinha pensando em escrever sobre um fundamento teológico que tiro desse texto do evangelho de João. Então te convido a refletir um pouco sobre o que Jesus tem a nos ensinar a Palavra de Deus. O meu desejo é que essa reflexão sirva de alento para a sua alma e que Cristo, através do seu Espírito Santo fale profundamente com você, assim como falou comigo. Vamos lá!
Jesus ensina pra nós nesse pequeno trecho do evangelho uma lição muito maravilhosa e consoladora: Deus, o Pai é Todo Poderoso e age naquilo que pensamos ser mau e por sua soberania e poder, transforma uma adversidade em bem. Mesmo que nesses tempos, quando até mesmo uns que se dizem cristãos, afirmam que Deus não sabe o que vai acontecer no futuro, faz-se necessário o uso das Escrituras para nos protegermos de tais heresias proferidas por homens que querem ser mestres de si mesmos. E então, vamos aprender com o Mestre dos mestres?
Olhando para o texto podemos notar que os discípulos de Jesus fizeram a pergunta que você encontra no versículo 2, pois tinham dúvidas com relação a situação do cego que encontraram no caminho. Imagine comigo os discípulos caminhando junto a Jesus e logo, notando o cego mais a frente, retornam aos seus pensamentos indagando-se sobre a situação do homem no caminho. O interessante é que havia um ditado muito comum em Israel que dizia: "Se você encontrar um deficiente pelo caminho, chute-o. Se nem Deus teve compaixão dele, por que você teria?". Esse era o pensamento dos discípulos, algo que lhes foi ensinado e fazia parte de sua mente doutrinada pelo judaísmo, um julgamento de mérito. Achavam que o cego era cego, pois estava pagando pelos pegados de seus antepassados e, assim nele se cumpria a justiça de Deus.
Sabendo do pensamento judeu que tinham os discípulos, acredito eu que a cabeça deles deve ter dado um nó quando Jesus disparou a resposta: "Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele". Imagine-se tendo sido ensinado durante toda a vida sobre mérito e demérito e agora vem Jesus e diz que a razão do homem ser cego é para a glória de Deus. Como você ficaria ao ouvir essa resposta? Você iria dizer que Jesus era um louco, não? Na verdade, Jesus tinha uma lição para seus discípulos: estava ensinando na práticas a eles sobre a Soberania de Deus, fazendo que eles conseguissem visualizar naquela situação caótica como o Pai é capaz de manifestar a sua glória mesmo diante a mais adversa situação
E se você fosse aquele cego, ficaria estarrecido ao ouvir Jesus falar que a sua cegueira era para a glória de Deus? Algumas vezes não entendemos que precisamos passar por dificuldades e provações, ou mesmo enfrentar adversidades, exatamente para que a glória de Deus se manifeste em nossa vida. Aflições nós passamos, padecemos dificuldades, mas a grande diferença é que temos em Jesus Cristo o alicerce da nossa alegria, como ou ouvi numa linda pregação de John Piper. Somos cristãos e a nossa vida, em sua totalidade é feita para glória do nome do Pai que está no céu. Assim, aprendamos que mesmo as lutas da nossa vida servem para glorificação do nome do nosso Deus.
Louvemos a Deus, que por sua soberania, misericórdia e amor enviou seu filho Jesus, para através da cruz abrir os olhos a nós que dantes éramos cegos e que agora podemos ver.
Soli Deo Gloria.