segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Amor platônico e o namoro cristão



Essses dias assisti uma entrevista da Sara Sheevah na Rede TV que falava do culto das princesas. Entre outras coisas Sarah falou de sua conversão e confessou que sua vida sexual antes da conversão era bem complicada. Ela é conhecida por fazer o culto das princesas, um tipo de reunião só de mulheres onde dá conselhos sentimentais e comportamentais.

Gostaria de falar do segundo ítem: comportamento. A pastora em questão condena as atitudes de moças e mulheres que adotam atitudes e se utilizam de roupas que depreciam sua imagem, fazendo-as parecer como mulheres fáceis. Ela se utiliza do termo cachorra e outros onde a mulher é vista como objeto sexual e não um indivíduo com sentimentos e ambições.

É visível nos nossos dias que a moda e a publicidade impõem padrões de beleza e vestimenta inadequados, com roupas extravagantes e extremamente sensuais. As mulheres que tentam seguir o padrão de beleza das revistas tem uma tarefa ingrata, pois se frustram com a magreza das modelos e se vestem como se estivessem embrulhadas para presente, um presente erótico. Não critico aqui a valorização da beleza da mulher e sim a degradação da mesma, quando transformada em mercadoria. Onde não se observa o estilo pessoal, seu gosto, valores e religião. Se impõe um padrão que todos devem seguir cegamente.

Além da apresentação pessoal outra crítica é a de se ter muitos relacionamentos e sem profundidade, fica-se com um hoje, outro amanhã e assim vai. Não se conhece ninguém pra valer e não se investe na relação. Isso é prejudicial pra qualquer um que aspira ter uma relação estável.

Agora gostaria de falar do que chamo de relação afetiva platônica. Temos a tendência de idealizar. Queremos um emprego assim, um carro assado, um namorado (a) desse jeito... e assim vai. Sabemos que muitas vezes nos apaixonamos por alguém que não necessariamente tem todas as característica idealizadas. Somos traídos pelo coração. Com a convivência percebemos que a pessoa tem seus defeitos e suas virtudes não são tantas assim. Ficamos frustrados e pensamos se ela é realmente a pessoa certa.

Sarah Sheeva dá dicas para não se envolver fisicamente antes de conhecer bem a pessoa. Deve-se buscar uma comunhão de alma, buscar afinidades, saber se as características de cada um se somam. Bons conselhos. Mas me chama a atenção essa coisa de príncipe e princesa. Esse título tira qualquer um de uma condição comum. O que já nos leva a pensar em pessoas especiais. E me preocupa essa distinção, pois por mais benéfica que ela parece, estamos discriminando pessoas. Essa classificação não pode se basear apenas em condição sócio-econômica. Senão só os bem-sucedidos se casariam. Ela deve incorporar valores morais e princípios cristãos que devem ser compartilhados por ambos.

Acredito que não há relação sem conflito... e não há ser humano perfeito, assim qualquer pretendente terá prós e contras. Fora a paixão inicial temos que ter outras condições que nos façam permanecer com a pessoa: ter princípios similares, afinidades, nível sócio-cultural próximo e principalmente: a mesma fé. Isso não garante a estabilidade da relação, mas ajuda a evitar conflitos demasiados. Acredito que o amor e perdão vão andar sempre juntos numa relação. E que ambos vão precisar ter tolerância e paciência, pois ambos estão em constante transformação, pois Cristo trabalha a cada dia em nosso ser.

Nos casamos com pessoas de carne e osso. Paixões idealizadas são muito boas para venderem revistas, livros, novelas e filmes. Mas quem convive diariamente com o parceiro é você, e só você sabe o quanto é boa essa caminhada e o quanto ela lhe custa. Pois assim como temos um ombro amigo para nos apoiar, também temos alguém para cuidar quando esse alguém precisar. É um caminho de mão dupla.

5 comentários:

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  2. muito bom irmão ..a mulher deve se valorizar mesmo,tanto pelo seu comportamento ,ou pela suas roupas e etc..e como a sarah sheeva diz."um príncipe reconhece uma princesa de longe...eu espero aprender muito atraves da vida dela!

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  3. Daniel, a paz do Senhor.
    Você abordou um assunto muito importante, que deve ser mesmo levado à tona no meio evangélico.
    As pessoas solteiras ou divorciadas, ou viúvas quando se convetem e começam a entender o que Deus quer dos relacionamentos, cai em si sobre seus erros de julgamento de valores do passado, e sai em busca de um novo amor evangélico. E é claro: desta vez, não quer errar nem na escolha.
    E para tal, além do jejum e oração, apela para os conselhos de Paulo e foge do jugo desigual. Portanto, é necessário listar o que seria igual, para discernir o que é desigual.
    Nosso Deus é super detalhista. Vários de nós já deve ter testemunhado isso em seus pedidos. Eu mesma já experimentei o detalhismo de Deus na cor do fogão que queria e ganhei - cavalo dado não se olha os dentes, né? -; o tipo de cachorro que eu queria, em todos os detalhes; e por aí vai.
    Se nos deixarmos levar apenas pelo coração. ignorando o pacote de afinidades ... nosso coração, já diz o Senhor, é enganoso.
    Mas foi muito bom você abordar este assunto, irmão querido. Parabéns! Um beijo!

    Mônica Sampaio
    www.docoracaodedeusparaoseucoracao.blogspot.com
    www.twitter.com/MonicaSampaio
    monica.sampaio1@gmail.com

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  4. boa abordagem de uma tema bastante atual. os relacionamento estão sendo banalizados por causa da satisfação dos desejos carnais.

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  5. Realmente, muito boa a abordagem Daniel...
    Em um pais, onde o apelativo para a sexualidade exagerada é intenso, ser cristão e manter-se puro, depende, e muito de oração, de buscar a vontade de Deus e de ter mentores que moldem nosso carater, através da palavra de Deus...
    Parabéns para Sarah Sheeva, e para outros movimentos, entre eles o Eu Escolhi esperar, que tem pregado a cultura do reino, e propondo o plano de Deus para um relacionamento saudavel...

    Graça e Paz...

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