sexta-feira, 13 de março de 2009

Jesus Cristo Super Star


Nos dias de hoje se pode acompanhar em muitos programas de televisão um verdadeiro "show da fé". Pregadores fervorosos e carismáticos apresentam um "circo religioso" onde pessoas de boa-fé são atrações dum show de tragédias e superações. Nada contra as pessoas que julgam ter obtido em Deus ajuda no momento de angústia. A questão é como a fé das pessoas e a pessoa de Jesus Cristo são colocadas a serviço de instituições religiosas que parecem mais servir a seu fundador (o líder de tal instituição) do que a Jesus Cristo e aos seus seguidores.

O que se percebe-se é uma retomada de uma prática comum na Idade Média: o escambo. Escambo era um tipo de troca onde um produto era trocado por outro, exemplo: eu dou um tanto de sal e o outro me dá um tanto de carne. Só que hoje em dia, se dá um tanto de dinheiro para se receber um tanto (segundo eles, maior) de dinheiro. É o famoso toma lá, da cá. Só que como numa corrente, daquelas que eu dou um valor em dinheiro e consigo mais tantas pessoas que me deem esse valor, criando um circulo. Uma hora a coisa não acontece bem assim. O sujeito deixa de pagar uma conta e dá em oferta, esperando receber mais do que deu para pagar aquela conta e outras tantas que estão pendentes. Uma vez ou outra, acontece do sujeito receber um dinheiro extra ou coisa parecida, aí ele fica contente e acha que vai ser sempre assim. Quando a coisa não funciona desse jeito, ele fica resignado, culpa Deus, Jesus, o pastor, o presbítero e toda ordem eclesiástica que ele conhece. Aí, entra na justiça (se foi lezado, com razão) liga pro Gugu dizendo que foi fiador da igreja tal e ela não pagou o aluguel e sua casa está sendo tomada, etc. e tal. Conhecemos vários casos assim.

Jesus Cristo é Deus encarnado e não um astro pop de igrejas midiáticas. Igrejas que buscam nos meios de comunicação não a divulgação do evangelho de Jesus, e sim o evangelho de "Wall Street". Não conhece esse? Acho que não tem nenhum livro foi lançado com esse nome, mas é aquilo que a gente já sabe: num mundo capitalista e individualizado, as pessoas querem ter mais e mais, para poderem ter mais e mais, e se exibirem aos outros que não tem nada, mas querem ter mais e mais.

Que possamos compartilhar a paz, o amor e nos dispormos a servir uns aos outros, assim como Cristo deu exemplo, e não ficar fazendo mil exigências como astro pop chato em Mega Shows.

terça-feira, 10 de março de 2009

As marcas da Cruz


Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. Jo 20:27

Tomé foi um dos últimos discípulos a ver Jesus ressuscitado. Ele disse aos outros discípulos que se não visse os sinais dos cravos em suas mãos, de maneira nenhuma acreditaria que Jesus teria ressuscitado.

Assim como Tomé duvidou da ressurreição e de tudo aquilo que ela representa, hoje em dia, muitos tem colocado em xeque a divindade de Jesus e a mensagem de seu evangelho. Para alguns, Jesus é algum tipo de guru, de homem que alcançou a iluminação (como Buda), que ascendeu a um nível espiritual mais elevado.

Não conheço outro homem que tenha morrido e voltado a vida pela sua própria vontade. Aceitar que ele tinha determinadas capacidades ou poderes especiais e não acreditar na sua ressurreição, é aceitar Jesus parcialmente. O apóstolo Pedro descobriu que tinha que amá-lo por inteiro e não parcialmente. Não adiantava expressar simpatia por ele, tinha que estar ao lado dele no momento de dor e não negar que o conhecia. Quando Jesus voltou dos mortos, (Jo 21 : 15-17) pediu a Pedro que confirmasse seu amor a ele três vezes. Negou três vezes tem que afirmar três vezes.

Reconhecer que Jesus morreu por nós e ressuscitou ao terceiro dia, é acreditar no resgate de Deus para a humanidade. Resgate das frustrações e mazelas que o próprio ser humano se coloca. Uma vez que o homem foi separado de Deus pelo pecado, precisa ser resgatado por um alto preço, a morte de um Justo, esse justo foi Jesus.

A mensagem da cruz é essa: que Jesus morreu pelos nossos pecados, e através dele podemos nos reconciliar com Pai e gozar, portanto, das benção de Deus, não só nesse plano, como naquele que está por vir.