quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Hipócritas no amor



No post “O abismo chamado hipocrisia“, aqui do APENAS, tratamos em detalhes a questão desse pecado que, em sua raiz etimológica, tem o sentido de “alguém que desempenha um papel”. Ou seja, hipocrisia tem a ver com fingimento, teatralidade, mentira, falsidade. É quando vocé finge ser, sentir ou pensar algo que não condiz com a realidade. Ocorre que, em minhas leituras bíblicas, descobri, inesperadamente, que as Escrituras dão importância, embora muitos não saibam, a um pecado pouco falado que é a hipocrisia no amor.

Quando falamos de amor, é preciso que haja pelo menos dois participantes: o que ama e o que é amado. Isso em qualquer instância: amor entre homem e mulher, pai e filho, Deus e o homem. Então, se as Escrituras nos advertem sobre hipocrisia no amor, isso significa que há a possibilidade de ou o ser que demonstra amor ou o ser que recebe esse amor não estar sendo 100% sincero na realização desse sentimento. Foi quando me deparei com Romanos 12.9, onde Paulo, num contexto que fala sobre a racionalidade do cristão, ordena: “O amor seja sem hipocrisia”.
Nunca tinha reparado com atenção nessa ordenança: “O amor seja sem hipocrisia”.
E o apóstolo do Senhor é tão rigoroso nessa questão que compara o amor hipócrita a um mal que deve ser “detestado”. Tanto que a sequência do versículo estabelece: “Detestai o mal, apegando-vos ao bem”. Ou seja, aos olhos do apóstolo que, cremos, falou inspirado pelo Espirito Santo, fingimento numa relação amorosa é algo definitivamente detestável aos olhos do Senhor.


Fato é que muitos de nós vivem suas vidas amorosas de forma bastante hipócrita. E nao estou falando de adultério, mas de hipocrisia numa relação legítima. E isso em diversos âmbitos. Tive uma colega de trabalho que mentia ao marido sobre quanto dinheiro gastava por mês. Já aconselhei na igreja pessoas que simulavam orgasmos para agradar o cônjuge em vidas sexuais frustradas. Sei de casos de cristãos que mantém relações íntimas com seus cônjuges imaginando estar com outras pessoas. Conheço jovens moças de igreja que namoram rapazes só porque eles têm dinheiro, carro do ano e lhes oferecem outras vantagens materiais. Existem casais cristãos que vivem juntos sem expor com sinceridade plena aquilo que sentem e pensam. E há, até, quem se case sem amor porque… bem, para ser honesto, nem sei por quê.


“O amor seja sem hipocrisia” é mandamento do Senhor. Seja em que âmbito for. Não ame a Deus com subterfúgios. Não finja que ama quem não ama para que isso te gere benefícios financeiros. “O amor seja sem hipocrisia” significa, na prática, que o amor deve ser sem fingimentos. Deve ser franco. Transparente em todos os sentidos. Se houver problemas, que se busque o diálogo aberto e a oração. A tônica da sinceridade em um relacionamento amoroso segundo os padrões de Cristo é:  ”Amado meu, o que o ocorre é isso, isso e isso. Vamos trabalhar juntos para que não haja nenhum fingimento em nossa relação?”. Caso contrário, se você persistir na teatralidade, estará persistindo naquilo que Deus detesta. É o que tenho tentado viver em plenitude na minha vida depois que esse trecho da Bíblia caiu na minha cabeça como uma bigorna. “O amor seja sem hipocrisia”. Uau. Que mandamento.

Geralmente, quando pensamos em algo detestável aos olhos de Deus no âmbito da relação a dois entre homem e mulher, só o que nos vem à cabeça é o sexo fora do casamento e a traição. Será? Pois, se eu ou você trazemos a hipocrisia para dentro de uma relação de amor, diz Paulo, também estamos fazendo algo que, assim como todos os demais deslizes relativos a essa área de nossa vida, é biblicamente detestável.
Adultério, fornicação ou hipocrisia no amor… será mesmo que algum desses pecados é pior do que o outro?

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Extraído do Blog Apenas1
http://apenas1.wordpress.com/
Escrito por Maurício Zágari

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Amor platônico e o namoro cristão



Essses dias assisti uma entrevista da Sara Sheevah na Rede TV que falava do culto das princesas. Entre outras coisas Sarah falou de sua conversão e confessou que sua vida sexual antes da conversão era bem complicada. Ela é conhecida por fazer o culto das princesas, um tipo de reunião só de mulheres onde dá conselhos sentimentais e comportamentais.

Gostaria de falar do segundo ítem: comportamento. A pastora em questão condena as atitudes de moças e mulheres que adotam atitudes e se utilizam de roupas que depreciam sua imagem, fazendo-as parecer como mulheres fáceis. Ela se utiliza do termo cachorra e outros onde a mulher é vista como objeto sexual e não um indivíduo com sentimentos e ambições.

É visível nos nossos dias que a moda e a publicidade impõem padrões de beleza e vestimenta inadequados, com roupas extravagantes e extremamente sensuais. As mulheres que tentam seguir o padrão de beleza das revistas tem uma tarefa ingrata, pois se frustram com a magreza das modelos e se vestem como se estivessem embrulhadas para presente, um presente erótico. Não critico aqui a valorização da beleza da mulher e sim a degradação da mesma, quando transformada em mercadoria. Onde não se observa o estilo pessoal, seu gosto, valores e religião. Se impõe um padrão que todos devem seguir cegamente.

Além da apresentação pessoal outra crítica é a de se ter muitos relacionamentos e sem profundidade, fica-se com um hoje, outro amanhã e assim vai. Não se conhece ninguém pra valer e não se investe na relação. Isso é prejudicial pra qualquer um que aspira ter uma relação estável.

Agora gostaria de falar do que chamo de relação afetiva platônica. Temos a tendência de idealizar. Queremos um emprego assim, um carro assado, um namorado (a) desse jeito... e assim vai. Sabemos que muitas vezes nos apaixonamos por alguém que não necessariamente tem todas as característica idealizadas. Somos traídos pelo coração. Com a convivência percebemos que a pessoa tem seus defeitos e suas virtudes não são tantas assim. Ficamos frustrados e pensamos se ela é realmente a pessoa certa.

Sarah Sheeva dá dicas para não se envolver fisicamente antes de conhecer bem a pessoa. Deve-se buscar uma comunhão de alma, buscar afinidades, saber se as características de cada um se somam. Bons conselhos. Mas me chama a atenção essa coisa de príncipe e princesa. Esse título tira qualquer um de uma condição comum. O que já nos leva a pensar em pessoas especiais. E me preocupa essa distinção, pois por mais benéfica que ela parece, estamos discriminando pessoas. Essa classificação não pode se basear apenas em condição sócio-econômica. Senão só os bem-sucedidos se casariam. Ela deve incorporar valores morais e princípios cristãos que devem ser compartilhados por ambos.

Acredito que não há relação sem conflito... e não há ser humano perfeito, assim qualquer pretendente terá prós e contras. Fora a paixão inicial temos que ter outras condições que nos façam permanecer com a pessoa: ter princípios similares, afinidades, nível sócio-cultural próximo e principalmente: a mesma fé. Isso não garante a estabilidade da relação, mas ajuda a evitar conflitos demasiados. Acredito que o amor e perdão vão andar sempre juntos numa relação. E que ambos vão precisar ter tolerância e paciência, pois ambos estão em constante transformação, pois Cristo trabalha a cada dia em nosso ser.

Nos casamos com pessoas de carne e osso. Paixões idealizadas são muito boas para venderem revistas, livros, novelas e filmes. Mas quem convive diariamente com o parceiro é você, e só você sabe o quanto é boa essa caminhada e o quanto ela lhe custa. Pois assim como temos um ombro amigo para nos apoiar, também temos alguém para cuidar quando esse alguém precisar. É um caminho de mão dupla.

sábado, 3 de dezembro de 2011

O homem é a medida de todas as coisas



Protágoras foi um pensador grego que cunhou essa frase: "O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são." Me chama muito atenção a mesma, pois  me faz pensar em nossos dias. Primeiro gostaria de contextualizá-la na época que foi escrita.
Nosso pensador em questão propunha uma idéia que era contrária a de Sócrates: que toda coisa na terra tem uma representação original e perfeita, buscando um princípio que regesse a vida. Protágoras destaca a relatividade das coisas, já que o homem é a referência, cada homem terá sua concepção de mundo conforme as suas experiências de vida.

Seguindo esse raciocínio: aquilo que é verdade pra mim, não será verdade pra você, pois dependerá do ponto de vista de cada um. Hoje temos muito claro esse relativismo de pensamento, a começar pelas variedades de idéias que surgem todos os dias. A filosofia, a psicologia e as ciências sociais buscam explicar o mundo, cada uma a sua maneira e com abordagens distintas. Mas e a igreja, onde fica nessa história?

São tantos as ideologias pregadas nos púlpitos que fica difícil saber da onde saiu aquilo. Primeiro a formação de muitos pastores é raza, muito pessoal e através de coisas que se ouviu aqui e ali. Fora isso, os tantos outros que tem formação em seminário, ao longo da estrada vão se deixando contaminar por teorias que vão borbulhando por aí. Conheço pastores que a 20 anos atrás tinham um ponto de vista do evangelho e hoje estão na onda profética da prosperidade. Onda que por sinal arrastou muitas igrejas, líderes e rebanhos.

Mas vamos lá. Se convivemos com pontos de vistas diferentes e cada um tem a sua verdade, então não existe uma única verdade? Descartes percebeu que os "costumes", a história de um povo, sua tradição "cultural" influenciam a forma como as pessoas pensam naquilo em que acreditam. Assim buscou uma metodologia que partia do princípio da dúvida, se algo existe tem que haver uma forma de provar. Seu modo de pensar influênciou o método científico e o racionalismo. Segundo Descartes algo não existe por si só, ela tem que ter evidência da sua existência. Se o ar existe, temos que provar, mas como se não o vemos? Quando enchemos uma bexiga e ela se expande, por exemplo.

Agora como saímos do relativismo apregoado por Protágoras e identificado e combatido por Descartes. Como chegar num consenso sobre Deus e sobre e o evangelho de Cristo? É difícil estabelecer um método como Descartes desenvolveu, seria o racionalismo uma forma de responder nossas dúvidas? Acho que não. Uma forma que procuro usar é estabelecer princípios norteadores. Penso que o evangelho está baseado em três valores: amor, graça e justiça.

Amor: Deus amou o mundo e deu seu único filho. Esse amor nos aproxima de Deus, e nos faz retomarmos uma relação que estava interrompida.

Graça: É a condição sem a qual não poderíamos caminhar em direção a Deus, pois somos falhos, e nossos pecados nos manteriam longe de Deus, assim, por causa do sacrifício de Jesus somos sustentados quando nossos pés vacilam.

Justiça: Fomos justificados dos nossos pecados podendo ter vida nova, e se alguém nos causa dolo, Deus julgará em momento oportuno. Se sofremos injustamente, ele, a seu tempo, nos saciará da nossa fome de justiça, como diz no sermão do monte. Só nos pede que usemos os mesmos pesos e as mesmas medidas: se fomos perdoados, também devemos perdoar.

Com esses princípios fica mais fácil sair da subjetividade de cada um. Deixamos de pensar que somos os mais importantes, pois o amor foi a dedicado a todos. Paramos de pensar que estamos sempre certos, pois não há um justo sequer, todos somos passíveis a erros. E começamos a achar que o que fazem contra nós não é pior do que fazemos para os outros. Pois se o perdão nos alcançou, devemos ser gratos a Deus por isso, e devemos estendê-lo aqueles que nos ofenderam. Pois não somos melhores e nem maoires que Deus. E nossos pecados a Deus são muito mais graves do que os pecados dos outros contra nós. Pois Deus é justo e perfeito e nós não.

Esse texto busca trazer uma reflexão de como nos enganamos muitas vezes com frases de efeito e pregações exautadas, que nada mais fazem do que inflar nossos egos, nos fazer achar superiores que os outros (escolhidos), de alimentar a cobiça e a ganância através dos acumulos de bens (teologia da prosperidade). Destacar esses 3 princípios que unandam o novo testamento e que devem nortear a vida de todo aquele que se diz cristão.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Se a vida fosse como no twitter, o que vc colocaria no seu perfil para o diabo saber quem vc é?



O Cristianismo passou por muitas transformações desde o seu surgimento. Da igreja primitiva, a dispersão pelos povos antigos, a constituição da igreja católica, a cisão que gerou a igreja ortodoxa. O movimento protestante, o pentecostalismo e o neo-pentecostalismo. Isso resultou nos nossos dias uma série de denominações e comunidades cristãs. Umas com maior organização e estrutura hierarquizada, outras vivem com mais simplicidade e num ambiente fraterno e igualitário.

Veja bem que isso é uma simplificação de toda a multiplicidade de estruturas e organizações religiosas que existem hoje em nome de Cristo e uma variedade vasta de doutrinas e ritos religiosos denominados cristãos. Não vou entrar no mérito da questão doutrinária, no que concerne a dizer que tal movimento está mais próximo do evangelho da verdade ou aquele outro se distanciou. Não faço aqui um tipo de carta Paulina com fins doutrinários. Mas gostaria de tratar daquilo que identifica um cristão na sua essência.

Em Atos, capítulo 13, versículos 13-16 um espírito maligno faz uma pergunta: “Eu conheço Jesus, e conheço Paulo. Mas vocês, quem são?” Muitos conhecem essa passagem, quando um grupo de judeus, filhos de um líder da sinagoga tentam espulsar demônios "em nome de Jesus, a qual Paulo prega". O desfecho foi assustador, os 7 levaram uma surra do endemoninhado e fugiram nus e muito feridos. É justamente essa pergunta que gostaria que fosse feita a nós: Vocês, quem são?

Alguns de nós talvez gagejem, falem o seu nome, o nome de seu pai, o nome do pastor, da igreja que congregam, sua profissão ou onde estudam. Mas será que isso bastaria para que o endemoninhado nos respeitasse e fujsse de nós? Acho que não. Aqueles escomungadores judeus aprenderam uma lição de forma dura: não podem apenas falar em nome de Jesus, tem que ter vínculo com ele, ou estar debaixo de sua autoridade. Alguém que não conhece Jesus como Salvador, não pode fazer uso de seu nome para expulsar demônios, pois essa autoridade foi dada a seus discípulos (seus seguidores).

Outra coisa, não basta ser de família religiosa, aqueles 7 o eram e isso não os livrou da surra e da vergonha. O fato de nascermos em lar cristão não nos faz automaticamente cristãos, temos que reconhecer o senhorio de Cristo e fazer sua vontade. Digo isso, pois muitos acham que nascendo em lar cristão já estão salvos, independente de suas ações. Lembro que a salvação é individual e que ninguém pode nos dá-la ou emprestá-la. Falo isso, com pesar no coração, pois como pai gostaria que meus filhos estivessem com passe livre para o céu, mas isso dependerá deles e de meu testemunho como cristão.

Então? Qual qualidade ou característica nos qualificaria para nos identificarmos com Jesus, assim como Paulo o foi? Em 1o. João 2 : 3-6, temos assim:

Sabemos que o conhecemos, se obedecemos aos seus mandamentos.
Aquele que diz: "Eu o conheço", mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele.
Mas, se alguém obedece à sua palavra, neste verdadeiramente o amor de Deus* está aperfeiçoado. Desta forma sabemos que estamos nele:
aquele que afirma que permanece nele, deve andar como ele andou.

Andar como ele andou... Se eu fosse contratado para fazer o perfil de Jesus, destacaria essas características: paciente, conciliador, manso, amigo, honesto, verdadeiro, justo, amoroso, santo e humilde. Lendo os evangelhos é fácil tirar atitudes que refletem essas qualidades. Uma vez ele livrou uma adúltera de ser apedrejada (justo), outra vez lavou os pés dos díscipulos (humilde), outra deixou um de seus discípulos dormir no seu peito (amoroso), outra chorou pela morte de uma pessoa querida (amigo), deixou-se ser preso sem relutar (manso). E por aí vai. Deixo aqui uma pergunta: Qual dessas características você pode associar ao seu perfil?

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Carta a Diogneto - Marcas dos cristãos primitivos


Escrita cerca do ano 120 d.C. foi encomendada por um pagão culto que queria saber mais sobre os cristãos.



Exórdio


1. Excelentíssimo Diogneto, vejo que te interessas em aprender a religião
dos cristãos e que, muito sábia e cuidadosamente, te informaste sobre eles:

Qual é esse Deus no qual confiam e como o veneram, para que todos eles
desdenhem o mundo, desprezem a morte, e não considerem os deuses que os
gregos reconhecem, nem  observem a crença dos judeus; que tipo de amor é
esse que eles têm uns para com os outros; e,

finalmente, por que essa nova
estirpe ou gênero de vida  apareceu agora e não antes. Aprovo esse teu desejo e peço a Deus, o qual preside tanto o nosso falar como o nosso
ouvir, que me conceda dizer de tal modo que, ao escutar, te tornes melhor;
e assim, ao escutares, não se arrependa aquele que falou.


[...]

Os cristãos não se distinguem dos demais homens, nem pela terra, nem pela
língua,  nem pelos costumes. Nem, em  parte alguma, habitam cidades
peculiares, nem usam alguma língua distinta, nem vivem uma vida de natureza
singular.

Nem uma doutrina desta natureza deve a sua descoberta à invenção

ou conjectura de homens de espírito irrequieto, nem defendem, como alguns,
uma doutrina humana.

Habitando cidades Gregas e Bárbaras, conforme coube em

sorte a cada um, e seguindo os usos e costumes das regiões, no vestuário,
no  regime alimentar e no resto  da vida, revelam unanimemente  uma
maravilhosa e paradoxal constituição no seu regime de vida político-social.

Habitam pátrias próprias, mas  como peregrinos: participam de tudo, como
cidadãos, e tudo sofrem como estrangeiros. Toda a terra estrangeira é para
eles uma pátria e toda a pátria uma terra estrangeira.

Casam como todos e
geram filhos, mas não abandonam à violência os recém-nascidos. Servem-se da mesma mesa, mas não do mesmo leito. Encontram-se na carne, mas não vivem
segundo a carne. Moram na terra e são regidos pelo céu.

Obedecem às leis
estabelecidas e superam as  leis com as próprias vidas. Amam todos e por
todos são perseguidos. Não são reconhecidos, mas são condenados à morte;
são condenados à morte e ganham a vida.

São pobres, mas enriquecem muita
gente; de tudo carecem, mas em tudo abundam. São desonrados, e nas desonras são  glorificados;  injuriados,  são também justificados.  Insultados, bendizem; ultrajados, prestam as devidas honras.

Fazendo o bem, são punidos
como  maus; fustigados, alegram-se,  como se recebessem a vida. São
hostilizados pelos Judeus como estrangeiros; são perseguidos pelos Gregos,
e os que os odeiam não sabem dizer a causa do ódio.

Numa palavra, o que a
alma é no corpo, isso são os cristãos no mundo. A alma está em todos os membros do corpo e os cristãos em todas as cidades do mundo. A alma habita
no corpo, não é, contudo, do  corpo; também os cristãos, se habitam no
mundo, não são do mundo.

A alma invisível vela no corpo visível; Também os
cristãos sabe-se que estão  neste mundo, mas a sua religião permanece
invisível. A carne odeia a alma, e, apesar de não a ter ofendido em nada,
faz-lhe guerra, só porque se lhe opõe a que se entregue aos prazeres; da
mesma forma, o mundo odeia os cristãos que não lhe fazem nenhum mal, porque
se opõem aos seus prazeres.

A alma ama a carne, que a odeia, e os seus

membros; Também os cristãos amam os que os odeiam. A alma está encerrada no
corpo, é todavia ela que sustém o corpo; Também os cristãos se encontram
retidos no mundo como em cárcere, mas são eles que sustêm o mundo. A alma
imortal habita numa tenda  mortal;

Também os cristãos habitam em tendas

mortais, esperando a incorrupção nos céus. Provada pela fome e pela sede, a
alma vai-se melhorando; também os cristãos, fustigados dia-a-dia, mais se
vão multiplicando. Deus pô-los numa tal situação, que lhes não é permitido
evadir-se.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Obesidade Gospel




Tem uma promessa aos israelitas que falava que eles comeriam as gorduras da terra. Uma referência a fartura que teriam se obedecessem os mandamentos de Deus. Essa abundância de alimentos, não foi uma constante dentro os hebreus, já que houve muitas idas e vindas, o que quer dizer, que nem sempre eles eram fiéis a lei deixada por Moisés.


Houve períodos de expansão, principalmente com Davi e Salomão, mas se lembrarmos bem, eles ficaram 400 anos escravos no Egito, foram exilados na Babilônia, e após a morte de Cristo, eles foram dispersados pelo mundo (diáspora) e demorou mais de 1900 anos para eles voltarem para sua terra.

Os cristãos de hoje buscam referências nos judeus, principalmente no que diz respeito a promessas e privilégios, frases como povo santo, nação eleita são gritadas aos quatro ventos pelos seus líderes. Muitos requerem o domínio da terra para si e para os seus, buscam legitimar seus atos conquistadores e agressivos para acumular bens. Tudo isso, em nome do “comereis as gorduras da terra”.

Esquecem que comer gordura, engorda. É colesterol alto, diabetes e triglecérides. Problemas no coração por causa de artérias entupidas e por aí vai. Assim como nosso corpo fica doente com excesso de gordura, nossa alma também fica doente com o excesso de coisas que consumimos. Não são necessariamente comida. São objetos, aparelhos eletrônicos, como celulares, tablets, notebooks, etc. São carros, motos, roupas, perfumes e óculos escuros. Tudo isso inflama nossa alma, fazendo que nos achemos auto-suficientes e superiores aos outros.

Nos países que tiveram uma ascensão econômica associada ao movimento protestante, as gerações que se seguiram se afastaram de Deus. Caso da Europa e Estados Unidos. Inclusive nos Estados Unidos, onde tem uma grande colônia judia, foi onde os judeus estão se afastando mais de sua religião e se tornando ateus ou budistas. O que devia levar a gratidão a Deus leva a sua negação.

Aqui no Brasil, as igrejas tentam associar o crescimento econômico do país, a promessa feita aos judeus. Assim se dizem agraciados por Deus por conquistarem tantos bens de consumo. Quando vem a crise, é culpa do diabo, ou o irmão está em pecado, daí começa a sessão de “descarrego”, rompimento de maldições hereditárias e outras invencionices.

A gordura da terra contamina a alma, ficamos vaidosos, arrogantes, egocêntricos e soberbos. Nossos filhos vêem em nós homens presunçosos e se tornam presunçosos também. Aos poucos, deixam de ver Deus como uma “muleta” para o sucesso, e começam achar que eles mesmo fazem seu futuro. Daí começa o distanciamento de Deus e começa o namoro com o mundo, e é uma aliança difícil de romper. Não esqueçamos que tudo é dom de Deus, e quem segue a Deus por dinheiro, seguirá ao diabo por um salário melhor.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Chamados a carregar nossa cruz



A paz do Senhor Jesus!


Em tempos de um Evangelho superficial, com pregações que mais se parecem com palestras de auto-ajuda, quero chamar a atenção para um outro lado, o de sofrermos pelo verdadeiro Evangelho, afinal a Bíblia não promete sombra e agua fresca para ninguem enquanto estiver sob essa terra.

Na conversão do apostolo Paulo, quando o Senhor Jesus aparece a ele, o deixa cego com a sua glória e o manda para a casa de Judas em Damasco que lá ele receberia as instuções. Neste meio tempo, o Senhor manda que Ananias vá pregar à Paulo. Como Ananias conhece a fama de Saulo (antigo nome de Paulo), ele se recusa, fica com medo e tenta fazer com que Deus mude de ideia, mas a resposta de Jesus é a segunte:

E eu lhe mostrarei quanto deve sofrer pelo meu nome. (Atos 9:16)

Paulo, que depois de Cristo foi o maior evangelista que se conhece, um homem que escreveu metade do Novo Testamento, nos deixou cartas maravilhosas que tem instruções de extrema valia para todos os cristãos, desde novos convertidos à pastores, não foi exatamente um comandante dos cristãos, que ficava sentado atrás de uma mesa de mogno, em uma luxuosa cadeira escrevendo instruções e gerando “suditos”, como esses pastores que dizem que devemos ter a vida mansa fazem.

O Senhor Jesus nos deixou alertas que no mundo teriamos aflições, mas era para termos bom ânimo, pois ele venceu o mundo (João 16:33). O próprio Jesus não quis e não teve moleza nos trinta e três anos que passou nesta terra. Ao contrário dos pastores que querem ser servidos, que inventam para sí títulos (apostolo, patriarca, doutor em divindades e etc.) deixou bem claro que não veio para ser servido, mas para servir (Mateus 20:28)

O Senhor Jesus deixou uma imposição que devemos cumprir para segui-lo. Quem quiser servir ao Senhor deve tomar a sua cruz (Lucas 9 :23, Mateus 16:24 e Marcos 8:34). Tomar a cruz me remete ao sofrimento de Jesus no Calvário. Sofremos ao falar de Jesus para as pessoas na rua, muitas nos ignoram, algumas nos xingam, outras são indiferentes e pela nossa natureza, a vontade que nos dá é de desistirmos de esperarmos que as pessoas cheguem por conta própria em nossas igrejas, nas não cumpririamos o ide que Jesus ordenou e consequentemente não fariamos a vontade de Deus.

O apostolo Paulo entendeu muito bem o que é sofrer por conta do Evangelho, em uma de suas cartas ele escreve o que teve de passar por amor à Palavra do Senhor e nos deixa um exeplo maravilhoso de alguém que tinha sede em servir ao Deus que o chamou.

Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo (2 Coríntios 11:25)

Paulo foi açoitado três vezes, foi apedrejado uma vez em Listra – onde teve que se fingir de morto para escapar, naufragou por três vezes, passou um dia no abismo e foi preso por inumeras vezes. Se existe alguem que pode dizer com propriedade o que é sofrer pelo nome do Senhor, é o apostolo Paulo, que chegou ao ponto de dizer que viver era Cristo e morrer passou a ser um ganho (Filipenses 1:21), pois ele sabia que no fim desta vida, algo muito melhor lhe estava reservado.

No final de sua vida, escrevendo à Timóteo, seu filho na fé, Paulo escreve uma frase que me faz viajar em meus pensamentos e me faz imaginar se ao final de minha vida, terei autoridade de falar como ele, se o legado de meu ministério vai comprovar esta frase, tornando-a verdadeira em minha vida.

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé (2 Timóteo 4:7)

Com esta frase, o apostolo Paulo deixa bem claro que não ficou devendo em nada, que tudo o que o Senhor lhe havia ordenado estava feito. E se estudarmos a Bíblia veremos que realmente ele havia cumprido os propósitos do Senhor em sua vida, mostrando que a pesar de todo o sofrimento que passamos, o Senhor está agindo em nosso favor e que não devemos desistir de nossa fé, pois cada luta irá nos ajudar a aperfeiçoar nossa caminhada com o Senhor.

Que o nosso Deus te ilumine a mente e que você tenha sido edificado através deste texto, que com o estudo sistemático e devocional da Bíblia, você possa perceber os falsos evangelhos e seguir pelo verdadeiro, sem se desviar nem para a direita e nem para a esquerda, pois mesmo com todo o sofrimento, quando estivermos na glória, vamos olhar para tras e ver que valeu a pena!

Deus te abençoe grandemente e fique à vontade para comentar.


Thiago Schadeck


@pregandoverdade



sexta-feira, 21 de outubro de 2011


Mercado religioso privatiza a experiência de fé, diz teólogo





Postado em Mercado, Religiões às 10:23

O cenário das religiões no Brasil mostra um novo ator em cena: o religioso não institucionalizado, que busca uma experiência de espiritualidade não tutelada pelas hierarquias das religiões organizadas formalmente.



“Vivemos os dias da religião sob medida, montada por consciências individuais que misturam os ingredientes disponíveis nas prateleiras do mercador religioso”, escreve o teólogo Ed René Kivitz, em artigo para o jornal Valor Econômico.

A experiência religiosa, afirma, já não se resume à obediência cega aos dogmas e à hierarquia institucional. “A sociedade moderna não abandonou Deus, mas colocou seus intérpretes e seus representantes coletivos sob judice”, assinala o teólogo. A religião, agora, é privatizada e a experiência de fé é “à la carte”.

Mudanças nos padrões de vida dos europeus têm exercido influência direta no declínio do número de cristãos no continente. O cristianismo já não tem mais aquela força de ascendência no desenho de valores às populações da Europa.

“Valores da Europa” será tema de conferência internacional convocada pela Universidade de Tilburg, na Holanda, para o fim de novembro, e que contará com a participação de teólogos, antropólogos, acadêmicos em geral. A conferência ocupar-se-á de dois temas: a religião e a diversidade étnica, e cristãos e muçulmanos.

“O discernimento pessoal e um olhar mais crítico nos levam a questionar fundamentos da fé e as explicações religiosas do mundo”, avalia o sociólogo da religiãoFrédéric Lenoir, diretor da revista “Le Monde des Religios”, do jornal “Le Monde”.

O crescimento do número de citadinos e a consequente diminuição da população rural contribuíram para a ruptura da transmissão de valores religiosos. “Nas cidades, as pessoas não conhecem o vizinho, os filhos vão estudar longe de casa e se distanciam dos moldes tradicionais. Esse tipo de comportamento fragiliza a transmissão da fé”, analisa Lenoir.

Outro fator para tentar explicar a diminuição da prática religiosa cristã é o fenômeno do individualismo. Avanços sociais das últimas décadas na Europa levaram as pessoas a se inserirem cada vez menos em grupos e a pensar que o sucesso pessoal e profissional não depende mais de Deus.

Análise do “European Values Study(EVS)” mostra que, em1999, da população europeia 62,1% eram católicos e 25,8% protestantes. Em 2008, data do último relatório, os católicos caíram para 36,7% e os protestantes para 14,5%.

No Reino Unido, os protestantes passaram de 56,6% para 38,7% no período, e os católicos de 13,6% para 10,8%. Na Alemanha, os protestantes baixaram de 34,5% para 27%, enquanto o número de católicos ficou praticamente inalterado, em torno de 22%.

Aumentou, no período, o número dos sem religião. Na França, cresceram de 27% da população para 50%; no Reino Unido, de 15% para 32,9%, na Alemanha, de 39,6% para 46,1%.

Enquanto o cristianismo vê o seu quadro de fiéis declinar, os muçulmanos aumentam o número de fiéis na Europa. Eles somam, atualmente, 44 milhões de pessoas, cerca de 6% da população europeia. O Islã viu o seu quadro crescer em 14,5 milhões de seguidores no Velho Mundo, de 1990 a 2010, assinala pesquisa do Pew Research Center. A previsão é que nos próximos 20 anos 8% da população europeia seguirão o profeta Maomé.

A Europa continuará recebendo imigrantes porque ela precisa de mão-de-obra, consequentemente, mais contingentes de muçulmanos deverão aportar no continente. O ex-primeiro-ministro italiano Massimo d´Alema, presidente da Fundação Europeia de Estudos Progressistas, estima que a Europa precisará de 30 milhões de imigrantes nos próximos 30 anos para manter o equilíbrio entre a população ativa e a aposentada.

Ainda assim, o crescimento do islamismo em terras europeias tende a diminuir, pelos mesmos motivos que brecam o aumento de cristãos. A melhora da qualidade de vida dos imigrantes muçulmanos e da geração nascida no continente torna-os mais individualistas e materialistas, com as mesmas aspirações típicas da sociedade ocidental.

Lenoir anota que na medida em que jovens muçulmanos têm acesso à educação e conquistam melhores condições sociais, menor é a importância que emprestam à religião.

A França é o pais europeu que hospeda o maior contingente de muçulmanos no continente, estimado em 5 milhões de pessoas, ou 8% da população francesa. Dos muçulmanos “franceses”, 62% são jovens, entre 18 e 34 anos, e apenas 23% deles costumam frequentar a mesquita às sextas-feiras, dia tradicional de orações.

Estudiosos do Barna Group divulgaram pesquisa que levantou seis razões para o êxodo de jovens das igrejas. A pesquisa apresentou questionários, durante um período de cinco anos, a jovens, adultos, adolescentes, pastores evangélicos jovens e pastores mais idosos.

Quase um quarto dos jovens ouvidos, dos 18 aos 29 anos, disse que “os cristãos demonizam tudo o que não tem a ver com Igreja”, que as igrejas ignoram os problemas do mundo real (22%) e 18% disseram que a denominação a qual pertencem parece muito preocupada em apontar impactos negativos de filmes, músicas e videogames.

Um grupo de jovens respondeu que “a Igreja é chata”, e adolescentes indicaram que Deus parece estar ausente de sua experiência de igreja. Um terço dos jovens adultos ouvidos declarou que “os cristãos perecem confiar no fato de que conhecem todas as respostas” e um quarto deles afirmou que “o cristianismo é contra a ciência”.

Dois de cada cinco jovens adultos cristãos afirmaram que os ensinamentos da igreja sobre o controle da natalidade e sobre sexo são antiquados. Jovens adultos apontaram a exclusividade do cristianismo como um problema. Desse grupo, 29% declararam que “as igrejas têm medo do que as outras fés acreditam”.

O sexto fator apontado pelos jovens entrevistados tem a ver com o emocional. Eles sentem que a igreja “é pouco amistosa em relação às pessoas que têm dúvidas”.

A pesquisa do Barna Group diz respeito à situação dos jovens ocidentais que residem em países industrializados. No artigo que escreveu para o Valor, Kivitz aponta que nos países do Terceiro Mundo “a religião nunca saiu de moda. Conceitos como modernidade e pós-modernidade passam longe dos dilemas de quem vive na pobreza e na miséria extrema”, afirma.

Os avanços da ciência, da técnica e da razão, apesar de significativos, não conseguiram promover um mundo melhor, de paz e de justiça, e nem conseguiram apontar caminhos para a felicidade e a realização existencial do ser humano. “O saldo da modernidade é o rompimento com as instituições sociais religiosas e o abandono da pessoa à sua própria consciência e à mercê de sua liberdade”, arrola Kivitz.

Por isso, agrega, as massas decepcionadas com a modernidade e suas promessas “voltam a correr para as categorias do sagrado, do transcendente do divino”. Para o teólogo brasileiro, “o atual retrato da fé permite a afirmação de que, se é verdade que as instituições religiosas estão abaladas, Deus continua vivo como sempre, e adorado – e idolatrado – como nunca”.



Notícias Cristãs com informações da ALC







Se for republicar, informe autores, tradutores, editora, links de retorno e fontes. Não é autorizado o uso comercial deste conteúdo. Não edite nem modifique o conteúdo. Extraído do site NOTÍCIAS CRISTÃS: http://news.noticiascristas.com/2011/10/mercado-religioso-privatiza-experiencia.html#ixzz1bQNZ0Cnt

Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O ideal do ministério cristão

O ideal do ministério cristão



Por Eduardo Tracci
O pastor deve ter sempre o caráter de um professor, um mentor, tanto ao pé da lareira como no púlpito. [...] A importância das coisas com que lidamos deve sempre encher nossas mentes, nossos estudos pessoais, nossas orações a Deus, nossos esforços no púlpito. A Palavra de Deus! Como precisamos pregá-la e estudá-la bem, dedicar-nos completamente às grandes coisas sagradas, para não falar de Deus erroneamente. A Palavra da verdade! Cada partícula dela é infinitamente preciosa. Que nunca brinquemos com coisas tão importantes. As almas das pessoas! Coisas eternas! No momento mais importante, de valor inestimável, em perigo inimaginável, de duração eterna. Estas, meu querido amigo, são as coisas com que lidamos; é disto que daremos conta. [...] Ore por mim, e que Deus me ajude a orar por você.
O texto acima é parte de uma carta enviada por um jovem pastor a um companheiro de ministério que havia estado presente no dia de sua ordenação. Nesta carta, o jovem ministro que na época contava com vinte e sete anos, escreveu sobre seu ideal do ministério cristão e a motivação do seu trabalho pastoral. Este obreiro do Senhor sempre teve um coração de pastor e nunca perdeu seu amor pelas almas. Alguns anos depois de escrever esta carta, ele foi enviado como missionário à Índia e mais tarde ficou conhecido como o “pai das missões modernas”. Seu nome: William Carey.
Se todos os ministros cristãos seguissem este mesmo ideal, com certeza, nós ouviríamos menos besteiras pronunciadas em nossas igrejas. Sem dúvida, o legalismo, a teologia da prosperidade, a confissão positiva, o teísmo aberto, e tantas outras heresias, passariam longe de nossos púlpitos. As preciosas almas compradas por Cristo não seriam enganadas por obreiros que pensam que a religião é um meio de enriquecer, buscando dinheiro fácil através da manipulação da fé alheia.
Que Deus nos ajude a ter estas mesmas motivações e que o Senhor da obra levante mais homens como Carey em nosso meio.
***
Eduardo Tracci é pastor, missionário no Perú e diretor do Instituto La Joya. Divulgação: Sinais da Cruz

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Novo de Deus? Nova História? Mover Sobrenatural???

Por Thiago Ibrahim (@thiagoibrahim)

"Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente". Já perdi as contas de quantas vezes ouvi essa expressão dentro da igreja. É comum também ouvir expressões do tipo: "nosso Deus não muda" ou "as promessas de Deus continuam de pé", contudo, também ouvimos expressões tais como "nova unção", "o novo de Deus", "nova história" ou mesmo "mover sobrenatural". Esses são chavões que volta e meia aparecem no meio neo pentecostal e passam a fazer parte do jargão da cristandade, mas que não nos damos conta do que significam realmente. Então, hoje a minha intenção é refletir sobre o seu significado. Seria um novo caminho, um novo rumo, uma nova mente? Mas nós já tivemos nossa mente transformada? Já não estamos no caminho?
O meu convite a você hoje, meu querido leitor, é que reflita e analise juntamente comigo o que significam realmente essas expressões. Se você aceitar o meu convite, por favor, continue a leitura. Porém, antes de começar tentando entender o que significam as expressões, conforme prometido no parágrafo anterior, preciso situar você e falar um pouco - mesmo que de forma breve - sobre "salvação" e "conversão".
Salvação é uma doutrina muito importante dentro do cristianismo, já que tudo o que fazemos está relacionado com ela, ou seja, é um reflexo da mesma. A conversão - também em termos práticos - é como conhecemos o momento em que fomos encontrados pela Graça de Deus e a partir desse encontro, recebemos a salvação como presente e tivemos a nossa mente transformada. A salvação, em termos práticos, é a manifestação de que temos o Espírito Santo em nós e é por meio desse Espírito que vivemos o oposto do estilo de vida desse mundo.
As expressões em questão viraram moda no movimento neo pentecostal brasileiro foram trazidas por alguns pastores que tiveram contato com o movimento da confissão positiva nos EUA e Canadá, com nomes como Kathryn Kuhlman e Benny Hinn, conhecidos "profetas" e que afirmam possuir sobre si uma "unção especial". Aos poucos essas expressões positivistas foram permeando o meio cristão carismático e pentecostal, principalmente por meio das músicas cantadas pelos ministérios de louvor e pregações de pastores que estão na mídia.
Agora, olhando para as expressões e analisando seu propósito, de cara vemos que as mesmas entram em contradição com o que a Bíblia expõe como "salvação" e "conversão" (já conceituadas).  Na sub-cultura evangélica "novo de Deus" significa receber uma unção especial (equivalente neo pentecostal para avivamento) através do qual a vida do cristão passará por uma tranformação e mudará para a melhor. É uma teologia que se baseia em manipulação do divino e é centrada no homem e seus interesses. Olhando por esse prisma será que esse pensamento não entra em choque com o conceito bíblico de conversão? Ou seja: o que estamos pregando em nossas empresas é que o cristão que teoricamente passou por uma conversão após receber a Graça (e consequentemente o Espírito Santo) precisa receber algo novo.
Será que estamos dizendo que o selo do Espírito Santo que recebemos em nossa conversão não é suficiente para mudar a nossa mente? Que tipo de cristãos estamos discipulando em nossas congregações? A minha impressão é que estamos criando religiosos que vivem em função de movimentos carismáticos baseados em um pseudo avivamento. Um chamado "mover", mas que não tem mudança de coração, não promove a transformação da consciência pela Palavras. Movimentos nos quais a vontade de Deus NÃO é o centro, e sim, o homem e seus desejos. Me admiro que a igreja aceite passivamente qualquer doutrina e moda lançada, sem fazer um julgamento da mesma à luz da Bíblia. E é exatamente por isso que o apóstolo Paulo chama atenção da igreja de Corinto em 2 Coríntios 11.

"Pois, se alguém lhes vem pregando um Jesus que não é aquele que pregamos, ou se vocês acolhem um espírito diferente do que acolheram ou um evangelho diferente do que aceitaram, vocês o suportam facilmente." Versículo 4
"De fato, vocês suportam até quem os escraviza ou os explora, ou quem se exalta ou lhes fere a face." Versículo 20
Por causa dessa característica da igreja de aceitar tudo passivamente Paulo também chamou atenção da igreja da Galácia na carta aos Gálatas 1.
"Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo." Versículo 6

Aqui você pode me perguntar: e qual é problema de aderirmos às modas? O problema é que quando vive em função de "movimentos", a igreja fica fechada em si mesma e deixa de cumprir seu papel de ser relevante espiritual e materialmente dentro da comunidade. Fechamos-nos em nós mesmos e ficamos trancados dentro das 4 paredes do espaço-templo. Educamos cristãos viciados no "mover" e que não alimentam o desejo de relacionar-se com Deus no dia a dia e colocar a fé em prática. Educamos cristãos que não conseguem entender o propósito de sua fé.
Prezado leitor, afirmo pela palavra de Deus que não precisamos de nenhuma "nova unção", nenhum "novo de Deus", nem mesmo de uma "nova história", pois através do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário, fomos salvos e tivemos garantida a nossa nova vida com Cristo, nosso Senhor. Aqueles que tiveram um verdadeiro encontro com Cristo tiveram suas vidas transformadas e não precisam de nenhum novo de Deus, pois já possuem o Deus de sempre. Ou será que estamos querendo reinventar a roda?
Que Deus nos livre de desprezar sua Graça infinita, e que nos proporcione permanecer o velho, puro e simples evangelho da Graça - sem modinhas, sem movimentos, apenas Cristo e nada mais.

A Cegueira e a Soberania

Por Thiago Ibrahim (@thiagoibrahim)


Ao passar, Jesus viu um cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram: "Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?"
Disse Jesus: "Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele." João 9:1-3

Há tempos vinha pensando em escrever sobre um fundamento teológico que tiro desse texto do evangelho de João. Então te convido a refletir um pouco sobre o que Jesus tem a nos ensinar a Palavra de Deus. O meu desejo é que essa reflexão sirva de alento para a sua alma e que Cristo, através do seu Espírito Santo fale profundamente com você, assim como falou comigo. Vamos lá!
Jesus ensina pra nós nesse pequeno trecho do evangelho uma lição muito maravilhosa e consoladora: Deus, o Pai é Todo Poderoso e age naquilo que pensamos ser mau e por sua soberania e poder, transforma uma adversidade em bem. Mesmo que nesses tempos, quando até mesmo uns que se dizem cristãos, afirmam que Deus não sabe o que vai acontecer no futuro, faz-se necessário o uso das Escrituras para nos protegermos de tais heresias proferidas por homens que querem ser mestres de si mesmos. E então, vamos aprender com o Mestre dos mestres?
Olhando para o texto podemos notar que os discípulos de Jesus fizeram a pergunta que você encontra no versículo 2, pois tinham dúvidas com relação a situação do cego que encontraram no caminho. Imagine comigo os discípulos caminhando junto a Jesus e logo, notando o cego mais a frente, retornam aos seus pensamentos indagando-se sobre a situação do homem no caminho. O interessante é que havia um ditado muito comum em Israel que dizia: "Se você encontrar um deficiente pelo caminho, chute-o. Se nem Deus teve compaixão dele, por que você teria?". Esse era o pensamento dos discípulos, algo que lhes foi ensinado e fazia parte de sua mente doutrinada pelo judaísmo, um julgamento de mérito. Achavam que o cego era cego, pois estava pagando pelos pegados de seus antepassados e, assim nele se cumpria a justiça de Deus.
Sabendo do pensamento judeu que tinham os discípulos, acredito eu que a cabeça deles deve ter dado um nó quando Jesus disparou a resposta: "Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele". Imagine-se tendo sido ensinado durante toda a vida sobre mérito e demérito e agora vem Jesus e diz que a razão do homem ser cego é para a glória de Deus. Como você ficaria ao ouvir essa resposta? Você iria dizer que Jesus era um louco, não? Na verdade, Jesus tinha uma lição para seus discípulos: estava ensinando na práticas a eles sobre a Soberania de Deus, fazendo que eles conseguissem visualizar naquela situação caótica como o Pai é capaz de manifestar a sua glória mesmo diante a mais adversa situação
E se você fosse aquele cego, ficaria estarrecido ao ouvir Jesus falar que a sua cegueira era para a glória de Deus? Algumas vezes não entendemos que precisamos passar por dificuldades e provações, ou mesmo enfrentar adversidades, exatamente para que a glória de Deus se manifeste em nossa vida. Aflições nós passamos, padecemos dificuldades, mas a grande diferença é que temos em Jesus Cristo o alicerce da nossa alegria, como ou ouvi numa linda pregação de John Piper. Somos cristãos e a nossa vida, em sua totalidade é feita para glória do nome do Pai que está no céu. Assim, aprendamos que mesmo as lutas da nossa vida servem para glorificação do nome do nosso Deus.
Louvemos a Deus, que por sua soberania, misericórdia e amor enviou seu filho Jesus, para através da cruz abrir os olhos a nós que dantes éramos cegos e que agora podemos ver.
Soli Deo Gloria.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

NOTÍCIAS CRISTÃS: Paul Yonggi Cho, fundador da maior igreja evangélica do mundo acusado de desvio de recursos

NOTÍCIAS CRISTÃS: Paul Yonggi Cho, fundador da maior igreja evangélica do mundo acusado de desvio de recursos

falei esse dias no meu blog www.portaldoperegrino.wordpress.com sobre as igrejas em células e citei o Paul. Ele é o grande inspirador desse movimento no Brasil e tem associado a teologia da prosperidade. Pessoas que pregam muito sobre enriquecer, querem enriquecer, as vezes, de forma não lícita. Temos nossos exemplos no Brasil. é casa em miami, jatinho, limosine, fazenda, mansões e outras coisinhas mais.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Sermão do monte gospel - As bem-aventuranças neo-pentecostais

 As frases sem negrito são de Jesus, as outras são dos apóstolos dos nossos dias.

Bem aventurados os humildes de espírito –  Bem aventuradas os presunçosos, vaidosos e reivindicadores.

Bem aventurados os que choram – Bem aventurados os de coração duro e desamoroso.

Bem aventurados os mansos – Bem aventurados os irascíveis e precipitados.

Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça – Bem aventurados os que agem por conta própria sem ouvir a Deus e tem os corações vingativos. Eu sou o ungido do Senhor, comigo ninguém pode.

Bem aventurados os misericordiosos – Bem aventurados os sem compaixão. Porque compaixão é para os fracos.

Bem aventurados os limpos de coração – Bem aventurados os que escondem mácula e não se expõe, pois o inimigo não pode saber de seus defeitos.

Bem aventurados os pacificadores –  Bem aventurados os guerreiros do Senhor, os conquistadores, que com braço forte dominam a terra, e se sobrepõem aos outros homens.

Bem aventurados os perseguidos – Bem aventurados se vos elogiardes e vos bajularem, pois será grande sua honra perantte os homens

Bem aventurados os injuriados – Bem aventurados se vos injuriarem, pois grande será a vingança, seus inimigos cairão por terra envergonhados. Mesmo que seja verdade as coisas que digam sobre você, não tem problema, você é ungido e ninguém pode falar mal de você.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Carta de um apóstolo ao seu bispo

Paulinho, apóstolo pela unção do mover dos últimos dias, líder na prosperidade e na conquista, a Timmy, verdadeiro filho na obediência a tudo o que digo, e que nada tem a dizer em contrário, pois sabe que Deus fere a quem mexe com um ungido do Senhor — fé e obstinação neste ano de Elias e de Gideão, conforme a fé de Abraão, e o poder dos 318 na Fogueira Santa de Israel.


Quando eu estava de viagem, rumo à Disney, roguei que permanecesses ainda em São Paulo para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina, nem se ocupem com sites sobre a Graça, que, antes, promovem discussões do que o serviço de nossa causa.

Ora, o intuito da presente admoestação visa levar todos ao temor e ao medo, ajudando-os a abandonarem suas próprias consciências a fim de seguirem apenas a nossa.

Desviando-se algumas pessoas de nossa Visão de prosperidade, quebra de maldiçoes, células e moveres, perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres de uma “outra Visão de Deus”, não compreendendo, todavia, nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações, dizendo que estamos contra o que Jesus ensinou.

Sabemos, porém, que a Visão é boa, se alguém dela se utiliza de modo safo, tendo em vista que não se promulga a Visão para quem é lúcido de espírito, mas sim para gente fraca, infeliz, pagã de mente, cheia de tragédias, e, sobretudo, para todos quantos não se opõe à Visão Apostólica (que se sintam culpados o suficiente para fazerem o que mandamos), segundo o mover que recebemos, e do qual fui encarregado pelos Apóstolos do Brasil.

Sou grato para com aquele que me deu a Visão, que me considerou fiel, designando-me para o ministério,da expropriação indébita e da catividade dos homens, pois, se vão dar de dinheiro para alguma coisa, que seja então para nós, em cujas mãos o dinheiro terá bom uso.

A mim, que, noutro tempo, era frio, crente, amante da Palavra, mas pobre e derrotado, me foi dada a Visão.

Transbordou, porém, a PROPSERIDADE DE DEUS, e foi me deixando cada vez mais rico, conforme a fé de Abraão e as correntes de prosperidade que fiz.

Fiel é a palavra de DETERMINAÇÃO e digna de toda aceitação: que nós, os da Visão Apostólica, recebemos de Jesus Cristo o poder de falar e vermos as coisas acontecerem conforme o nosso COMANDO.

Mas, por esta mesma razão, me foi concedida a fé para prevalecer sobre os outros e ver meu ministério maior e mais poderosos, visto que de nada adianta a eternidade sem muito poder, dinheiro e fama no tempo presente.

Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos, por meio de nossa prosperidade e poder sobre os homens. Amém!

Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timmy, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate, que é arrancar dos ímpios a grana deles, até o fim; isso mantendo a determinação, pois, essa coisa de boa consciência é para crente à antiga, não para nós, que, pela Visão, fomos postos acima dessas coisas básicas; posto que os que não fazem como nós fazemos, estarão sempre sem prosperidade ministerial e na vida pessoal.

E dentre esses se contam Caio, Brega, Marcelo, Chico e outros; os quais entreguei a Satanás para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem contra a Visão.

Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de correntes, de campanhas, de dias especiais de prosperidade em favor exclusivamente dos que, indo, sempre deixam dinheiro para a Visão.

Não se esqueça que nossa prioridade é conquistar o Brasil, tendo os governadores, deputados, presidentes e demais autoridades em nossas mãos; sim, todos os que se acham investidos de autoridade; para que vivamos vida rica e abastada, ainda que percamos a piedade e o respeito.

Isto é bom e aceitável diante de mim, que sou o Pai da Visão.

Ora, é meu desejo que todos os homens sejam envolvidos em nossos grupos e células, até que todos sejam como eu e conforme o nosso Curso Acerca da Visão e dos Moveres.

Porquanto há uma só Visão e uma só mediadora entre Deus e os homens, a nossa Visão e a freqüência às nossas campanhas e Fogueiras Santas; a qual, a Visão, tem o poder de fazer todos os homens ficarem ricos, e assim, darem mais para nós. .

Para isto fui designado Profeta e Apóstolo (afirmo a verdade, não minto), mestre dos crentes inseguros na fé e na verdade (melhor público alvo para nós!).

Quero, portanto, que os homens dêem muito, enquanto levantam as mãos nos cultos, ainda que com ira e animosidade.

Da mesma sorte, que as mulheres, em traje de peruas, se ataviem com opulência, com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, sem esquecer de darem esmolas para as creches fantasmas que criamos (como é próprio às mulheres que professam ser da Visão).

A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão, pois o que lhe cabe é contribuir; a menos que ela venha a tornar-se uma Bispa da Visão.

Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja; pois, por meio dele, pode-se ficar rico e poderoso.

É necessário, portanto, que o bispo seja malandro, safo, aparentando ser esposo de uma só mulher, destemperado, expansivo, capaz de se gabar da Visão, sem muita sensibilidade, apto para enganar; dado ao vinho pra esquentar antes de entrar no palco, violento se necessário, porém com cara de bonzinho; ainda que goste de contendas, seja avarento. É muito importante, todavia, manter as aparências, por isto, ele deve ser alguém que mostre governar bem a própria casa, criando os filhos na igreja e na Visão, com toda a aparência de coisa boa (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da minha igreja e da minha Visão?); que seja jovem a fim de impressionar, pois há grande poder na soberba de um jovem imaturo e cheio de cobiça conforme o espírito de nossa Visão.

Também é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora como comunicador e homem de marketing, a fim de dar volta até no diabo. Ou seja, Timmy: procuramos camelôs que percebam a vantagem da Visão!


Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a porta da Visão da Prosperidade.

Ora, em nossa conferencia da Visão determinamos expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, seguindo a Graça de Deus, a qual, não existe como eles falam, sendo apenas algo liberado por um Apóstolo credenciado por mim, o Pai da Visão.

Eles agem assim pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem as correntes santas, as barganhas, o lucro vindo dos dízimos, coisas que Deus criou para nós, os da Visão; pois todo dinheiro é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, nem que antes se tenha dar uma lavada nele, porque, pelas nossas campanhas e projetos, até o dinheiro do tráfico é santificado.

Expondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro da Visão, alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.

Mas rejeita as fábulas profanas e de gente que vem com aquela velha história da Graça de Deus. Exercita-te, pessoalmente, no orgulho, nas riquezas, na vida abastada e poderosa; pois, elas sim, têm grande proveito.

Pois o exercício na Palavra, como eles dizem, para pouco é proveitoso, mas as campanhas da Visão para tudo são proveitosas, porque tem a promessa da vida próspera aqui e agora.

Fiel é a Visão e digna de inteira aceitação.

A Prosperidade, a riqueza, os poderes humanos sejam contigo aqui e agora!


Eu, Paulinho, abençôo-te com a minha unção de nobreza, para que tua cara seja mais forte que o diamante, a fim de que, questionado, tu nunca desistas da Visão de Prosperidade e Riqueza que aprendeste de mim.

Entre Malafaias e Macedos, quem tem a razão?

Temos protagonizado no meio gospel muitas disputas e a última talvez tenha sido a que mais chamou atenção. Falo da discussão indireta protagonizada por dois "ungidos" do meio evangélico brasileiro: Edir Macedo e Silas Malafaia.

A discussão que citei acima começou quando Edir Macedo, dono, digo, bispo da IURD (Igreja Univesal do Reino de Deus) disse em um programa de rádio que 99% dos cantores gospel são possuídos pelo cramulhão, comentário feito em cima do episódio em que Ana Paula Valadão caiu ao receber oração de um pastor canadense. O bispo também não poupou críticas aos pentecostais, famosos por protagonizar "manifestações" em que os fieis caem ao comando de seus líderes.

Em resposta ao bispo da IURD o dono, digo, pastor presidente das Assembleias de Deus Vitória em Cristo, veiculou no "Vitória em Cristo", seu programa de TV (transmitida em várias emissoras) uma resposta. E o meu texto de hoje é em cima dessa resposta dada pelo Malafaia.

Pra quem me perguntar "quem está com a razão nessa história" eu respondo: ninguém.

Macedo, bispo da IURD, é fundador de uma igreja que se notabilizou por difundir a maldita teologia da prosperidade, principalmente entre as classes menos abastadas da população, além de incluir em seus cultos rituais místicos de outras religiões. Também é acusado, até mesmo pelo próprio Silas, de usar o dinheiro dos dízimos e ofertas dos fieis da IURD para financiar a Rede Record, rede de televisão de sua igreja.

Já o Silas, há muito tempo pastor da Assembleia de Deus é conhecido pela forma veemente como fala (gritando na maioria das vezes, tal qual muitos pentecostais), defendendo suas convicções. Notabilozou-se ultimamente por trair algumas de suas ideias ao associar-se a nomes como Morris Cerello e Mike Murdock, conhecidos como ícones da pregação da teologia da prosperidade e confissão positiva. Outra do Silas foi abrir sua própria franquia, digo, denominação (Assembleia de Deus Vitória em Cristo), já que não era mais bem vindo na convenção de sua antiga igreja.

Pelo exposto acima, vê-se o porquê de nenhum dos dois terem razão. O fato é que os dois são farinha do mesmo saco. O Silas acusa o Macedo de usar o dízimo dos fieis para patrocinar sua TV, mas ele mesmo paga programa de TV com ofertas dos fieis. Chegou ao ponto de dizer que para prosperar o fiel deveria doar para seu programa a quantia equivalente ao valor de 1 aluguel ou prestação da casa, técnica essa que com toda certeza aprendeu direitinho com os estelionatários americanos com quem anda.

De tudo isso, fico com o que disse Jesus: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro". Afirmo categóricamente, pela luz da Palavra e sem medo de errar, que esses dois não estão servindo a Deus com o evangelho puro e simples de Jesus. De muito já se desviaram da verdade e têm levado muitos outros que acreditam nas promessas ilusórias que eles pregam. Jamais se viu na igreja brasileira a "piedade sendo fonte de lucro" (Tm 6:6) como nos dias atuais. Homens gananciosos e cheios de si, dizem-se escolhidos de Deus e portadores de uma unção especial enganam o povo e fazem da fé comércio e fonte de lucro. Essa é a realidade de tudo o que temos visto.



Que Deus salve a verdadeira igreja da corrupção e de vender seus valores por trocados que a traça e a ferrugem corroem. Que juntemos pra nós tesouros não na Terra, mas no céu.



Tenha misericórdia de nós, Senhor...

Extraído do Blog do Ibrahin (Autorizado pelo mesmo)
http://blogdoibrahim.blogspot.com/2011/09/entre-malafaias-e-macedos-quem-tem.html


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Deus não precisa

Ficam falando o tempo todo o que Deus precisa que você faça, vou mudar um pouco o discurso... o que Deus não precisa:

- Deus não precisa de seu dinheiro, ele é dono do ouro e da prata.
- Deus não precisa de sacrifícios, "misericórida quero e não sacrifícios" (Jesus).
- Deus não precisa que poluam a terra de Israel. (Virou mania ir queimar envelope em Israel, como se só aquilo que fosse queimado lá tivesse valor.) É só orar em nome de Jesus.
- Deus não precisa de conquistadores, precisa de servos (suportai uns aos outros)

Se vc participa de uma comunidade ou igreja, deve contribuir para a manutenção dela e daqueles que se dedicam ao trabalho religioso. Mas ficar fazendo ciranda financeira, onde se tá um valor e se espera receber 2 vezes, ou 100 vezes mais, agrada mais ao princípe desse mundo do que a Deus.

Esse vídeo mostra a indignação de muitos

terça-feira, 5 de julho de 2011

Jesus... a encarnação de Sol Invictus?


















Nos nossos dias comemoramos o natal (nascimento de Jesus), na mesma data em que os romanos cultuavam o Sol Invictus, deus sol. Nos primeiros séculos da era cristã as duas pessoas eram distintas e foram pouco a pouco se aproximando. Constantino, que era adorador de Sol Invictus, teve sua parcela de culpa. Pois mudou o dia de descanso, o sábado, para o domingo (dia do Senhor). Uma curiosidade, domingo, em inglês, significa: sun day, ou seja, dia do sol. Existem algumas alegorias na biblía que falam de Jesus como a luz do mundo, estrela da manhã. Logo a associação com o deus-sol não é de todo absurda.

O que me chama a atenção é a confusão que se faz a partir daí. Para os judeus o sacrifício de um cordeiro para purificar pecados é bastante conhecida. E Jesus, muitas vezes se definiu como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Assim como Deus trouxe um cordeiro para o sacrifício, quando Abraão foi enviado a sacrificar seu filho, e o anjo disse pare e lhe trouxe um cordeiro. Da mesma forma, Deus oferece ao mundo um cordeiro em sacrifício pelos pecados da humanidade. São muitas as comparações em relação ao silêncio e mansidão do cordeiro em relação ao seu fim.

O que eu gostaria de ressaltar é que Jesus embora sendo filho de Deus, buscou de forma simples e franca se aproximar das pessoas, não procurou julgá-las ou ser mais importante do que elas, foi em casa de pessoas que não eram bem vistas pelos judeus. Ele não discriminava ninguém e deixava se aproximar todos os que queriam ter com ele.

Hoje em dia, vemos muitos falarem em ter honra, ser honrado, respeitado. Buscando títulos para si. Pastor já não basta, tem que ser reverendo, bispo, bispo primaz, apóstolo, etc.. Cristo é sempre colocado como vencedor, imponente, general de batalhas... é novamente a figura do sol invictus se unindo a de Jesus.

Assim como colocam Jesus superior a todos (e ele o é), fazem dele um símbolo de sucesso. Sucesso e prosperidade são as palavras que mais se ouvem nos meios evangélicos nos nossos dias. E esse sol invictus travestido de Jesus é que tem sido adorado nas igrejas. Como uma campanha publicitária muito bem organizada pelos seus líderes, de colocar Jesus como exemplo de um homem de sucesso, assim como desejam ser seus seguidores. Ouvi uma vez de um desses apóstolos "proféticos" (como se auto-denominam as igrejas que dessa linha: igrejas proféticas) que se um cantor ou banda exige 100 toalhas em seu camarim, ele como homem de Deus, tem que ter umas 1000. Pois ele é mais importante do que um ídolo do rock. Sei que o referido homem foi condecorado como cidadão paulista na época, não vou dizer o nome aqui mas não é difícil identificar, tem até metade de um sol no símbolo da igreja que ele preside.

Na verdade, esse líderes de sucesso buscam honra dos homens, assim como Jesus disse dos sacerdotes de sua época que queriam ser reverenciados nas vias públicas. Buscam o status terreno, pois na terra estão suas riquezas. Os valores de amor ao próximo, de humildade, de justiça e de retidão não são muito comuns nesses homens, inclusive alguns estiveram no noticiário por agir fora da lei. Na verdade, eles querem estar acima da lei, acima de todos e por cima de tudo... por cima da carne seca, como diriam os nordestinos. É casa luxuosa em Miame, é limosine luxuosa, é templo faraônico. Com relação ao templo, Jesus disse que aquilo tudo cairia por terra. E assim será, todo o glamour desse mundo cairá diante do Filho de Deus em sua vinda. Espero que não estejamos debaixo desses tetos com estruturas inseguras, para que elas não caiam sobre nossas cabeças. Assim como aconteceu recentemente no cambuci, bairro de um templo de uma dessas igrejas.