No
post “O abismo
chamado hipocrisia“, aqui do APENAS, tratamos em detalhes a questão desse
pecado que, em sua raiz etimológica, tem o sentido de “alguém que desempenha um
papel”. Ou seja, hipocrisia tem a ver com fingimento, teatralidade, mentira,
falsidade. É quando vocé finge ser, sentir ou pensar algo que não condiz com a
realidade. Ocorre que, em minhas leituras bíblicas, descobri, inesperadamente,
que as Escrituras dão importância, embora muitos não saibam, a um pecado pouco
falado que é a hipocrisia no amor.
Nunca tinha reparado com atenção nessa ordenança: “O amor seja sem hipocrisia”.
E o apóstolo do Senhor é tão rigoroso nessa questão que compara o amor hipócrita a um mal que deve ser “detestado”. Tanto que a sequência do versículo estabelece: “Detestai o mal, apegando-vos ao bem”. Ou seja, aos olhos do apóstolo que, cremos, falou inspirado pelo Espirito Santo, fingimento numa relação amorosa é algo definitivamente detestável aos olhos do Senhor.
Fato é que muitos de nós vivem suas vidas amorosas de
forma bastante hipócrita. E nao estou falando de adultério, mas de hipocrisia
numa relação legítima. E isso em diversos âmbitos. Tive uma colega de trabalho
que mentia ao marido sobre quanto dinheiro gastava por mês. Já aconselhei na
igreja pessoas que simulavam orgasmos para agradar o cônjuge em vidas sexuais
frustradas. Sei de casos de cristãos que mantém relações íntimas com seus
cônjuges imaginando estar com outras pessoas. Conheço jovens moças de igreja que
namoram rapazes só porque eles têm dinheiro, carro do ano e lhes oferecem outras
vantagens materiais. Existem casais cristãos que vivem juntos sem expor com
sinceridade plena aquilo que sentem e pensam. E há, até, quem se case sem amor
porque… bem, para ser honesto, nem sei por quê.
“O
amor seja sem hipocrisia” é mandamento do Senhor. Seja em que âmbito for. Não
ame a Deus com subterfúgios. Não finja que ama quem não ama para que isso te
gere benefícios financeiros. “O amor seja sem hipocrisia” significa, na prática,
que o amor deve ser sem fingimentos. Deve ser franco. Transparente em todos os
sentidos. Se houver problemas, que se busque o diálogo aberto e a oração. A
tônica da sinceridade em um relacionamento amoroso segundo os padrões de Cristo
é: ”Amado meu, o que o ocorre é isso, isso e isso. Vamos trabalhar juntos para
que não haja nenhum fingimento em nossa relação?”. Caso contrário, se você
persistir na teatralidade, estará persistindo naquilo que Deus detesta. É o que
tenho tentado viver em plenitude na minha vida depois que esse trecho da Bíblia
caiu na minha cabeça como uma bigorna. “O amor seja sem hipocrisia”. Uau. Que mandamento.
Geralmente, quando pensamos em algo detestável aos olhos de Deus no âmbito da relação a dois entre homem e mulher, só o que nos vem à cabeça é o sexo fora do casamento e a traição. Será? Pois, se eu ou você trazemos a hipocrisia para dentro de uma relação de amor, diz Paulo, também estamos fazendo algo que, assim como todos os demais deslizes relativos a essa área de nossa vida, é biblicamente detestável.
Adultério, fornicação ou hipocrisia no amor… será mesmo que algum desses pecados é pior do que o outro?
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Extraído do Blog Apenas1
http://apenas1.wordpress.com/
Escrito por Maurício Zágari
Q Texto!! Ótimo para uma auto-avaliação sincera.
ResponderExcluirImagina se estendermos para o amor fraternal entre os irmãos da Igreja
Abraços
Em Cristo,
Daniel, é verdade, amigo! Temos sim que estar atentos à qualidade do amor que doamos, né?
ResponderExcluirMuito boa lembrança, irmão! Beijo!
Infelizmente este "amor não fingido" segundo as Escrituras está cada vez mais raro, somente aqueles que perseveram no cristianismo genuíno, deixando de lado os modismos atuais, vive essa busca constante por mais amor, não de palavras mais em verdade. Abraço!
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